domingo, 28 de junho de 2009

Momento Solene...

Lembrei de tardes serenas...
Momentos intensos que guardo a cada instante.
Sonhei com lembranças, pensei em fuga.
Fuga da realidade, para um instante solene. Que não me abandona nem decepciona, sabe exatamente qual hora e como agir.
Simplesmente, ele existe do jeito certo.
Sabe o que faz para eu me sentir suficiente...livre....humana.

Perguntei: "por que fugir?"
Já não penso mais em esquecer o que, um dia, me fez sofrer. Quero mais é lembrar, com a certeza que "vai passar".

Lembrei de sofrimentos...
Em contrapartida, lembrei de reviravoltas.
Pensei no que aprendi e no quanto cresci.

Fiquei feliz pelas lembranças...momentos inesquecíveis, que não voltam.
Fiquei feliz de poder lembrar...de poder, simplesmente, aqui estar...

sábado, 13 de junho de 2009

Vingança

Sei que não sou quem você sonhou
Sei que sou diferente do que imaginou
Se sente decepcionado cada vez que me vê
Nunca quer estar no mesmo lugar que eu
Não sou quem você julga como perfeita
Pelo fato de eu mais errar do que acertar
Não tenho as qalidades que considera justas
Pois falo o que quero, sem me importar se irá gostar do que vai ouvir
Sempre me julgou, sem saber como realmente sou
Sempre me acusou, nunca quis me ouvir
Eu queria apenas falar uma coisa, mostrar quem realmente sou
Você construiu uma imagem errada de mim
Suas frustrações foram passadas para mim
Não se importou com os meus pensamentos
Minhas opiniões, meus sentimentos
Descontou em mim a raiva que estava guardada
Despejou em mim toda a amargura que sentia
Me humilhou em todos os momentos da sua vida
Falando que a culpa era minha, que eu é quem deveria sofrer
Sei que não sou uma pessoa perfeita
Quero ter a chance de mostrar quem sou
Mas quero que saiba uma coisa:
Sua vez irá chegar, não perca por esperar

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Esperar o inevitável

Como se dilacerado meu coração já não bate,
Meu corpo reage como o esperado,
Ele esta inerte,
Esperando a morte chegar.
Tudo foi deixado pra trás,
Os sonhos já não me atraem,
A realidade é fria e cruel,
Minha vida inteira aos meus olhos,
E não há nada que me faça voltar
Nenhuma lembrança que me faça feliz de novo,
Nada que me faça querer a vida de volta,
Minha única vontade é que tudo isso acabe,
Rápido, sem delongas,
Sem mais qualquer sofrimento,
Não quero mais as lembranças assustadoras do meu passado,
Não quero sentir medo,
Aquele sentimento de alegria eterna que tanto me iludiu,
Eu não quero,
Não quero me iludir,
Eu quero apenas o real,
O inevitável a todos,
Aquilo que agora vejo tão perto,
Aquilo que agora escurece meu olhar,
E me faz não sentir mais nada

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Reflexos

Tudo ao vento,
Não poderei voltar a trás,
Está tudo gravado.
Em minha mente o eco das palavras é constante,
Não me canso de dizer tudo outra vez,
Sei que ainda não fui entendida,
Que minhas palavras ainda não tomaram forma,
Que ainda não sou bem mais que palavras.
Mas minha mão, não cessa,
Tenho a cede de me mostrar,
De me expressar,
De lhe mostrar,
Fazer-lhe se sentir, ali,
Em cada vírgula posta,
De penetrar em sua mente, e procurar seus medos,
Seus receios,
Desejos,
Momentos,
Melhores, e piores sentimentos,
De fazer-lhe refletir.
Quero fazer-lhe estar em frente a um espelho,
De palavras

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pensamentos de biblioteca

Não, não quero mais uma poesia romântica,
que rime felicidade com esperança,
que conjugue os verbos da ignorância,
no ritmo dramático da dor.

Dispenso todos os subterfúgios tolos –
metáforas e lindos adornos,
tão toscos nesta arte clichê
de versar a emoção.

Quero o que “der na veneta”,
quero o papel e a caneta,
o que vier à cabeça –
qualquer coisa já me serve.

Pois me encontro tão descrente
que questiono o destino
e, por puro desatino,
insisto em apoiar minha fé na parede frágil da razão.

Em vão

Tudo o que consigo são lembranças
e todo o resto se esvai;
flerto com a desesperança
enquanto o ceticismo me distrai.

By Thalita Arouche

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Oração

E que essa chuva que molha meu rosto não se acabe,
E que toda minha agonia se dissipe,
Que minhas lágrimas,
Agora, misturadas com a chuva,
Vá embora,
Que a angústia que cobre meu peito,
Enevoa minha mente,
E distorce minha visão, 
Nunca mais volte.
Que eu receba tudo o que ela trás de lá,
Daquele lugar aonde só meus sonhos alcançam,
Do lugar de onde vem minha esperança,
Do lugar pra onde voa meu pensamento,
Que a chuva que agora me cobre,
Acolhe, 
Me envolve,
Me faça estar novamente em paz.

Cinzas

A única coisa que consigo sentir agora é o ódio em minhas mãos...
Minha vontade incontrolável de gritar.
Sumir...
Tão grande quanto o amor.
Só que ainda mais destrutivo,
Ele me deixa mais forte,
Mais capaz, 
Capaz de fugir da responsabilidade...
De conseguir,
De não ter medo, 
De me fazer ver a verdade,
Ou de me esconder dela,
Sei que tal força é passageira,
E que no final,
Ele haverá destruído tudo o que existe em mim.
Mas agora,
A única coisa que posso fazer
É ceder a todos os meus desejos mais insanos, profanos,
É sentir.
Senti-lo me possuindo, destruindo...
Fazendo-me voltar às cinzas,
Fazendo-me fazer, encarar, sentir, 
Viver tudo outra vez.