Não, não quero mais uma poesia romântica,
que rime felicidade com esperança,
que conjugue os verbos da ignorância,
no ritmo dramático da dor.
Dispenso todos os subterfúgios tolos –
metáforas e lindos adornos,
tão toscos nesta arte clichê
de versar a emoção.
Quero o que “der na veneta”,
quero o papel e a caneta,
o que vier à cabeça –
qualquer coisa já me serve.
Pois me encontro tão descrente
que questiono o destino
e, por puro desatino,
insisto em apoiar minha fé na parede frágil da razão.
Em vão
Tudo o que consigo são lembranças
e todo o resto se esvai;
flerto com a desesperança
enquanto o ceticismo me distrai.
By Thalita Arouche
Simples e perfeito.
ResponderExcluirOlá, sou Thalita Arouche. Gostaria de informar, a quem interessar, que criei um blog para reunir meus escritos, o http://catarseemprosaeverso.blogspot.com.br/.
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