terça-feira, 12 de maio de 2009

Pensamentos de biblioteca

Não, não quero mais uma poesia romântica,
que rime felicidade com esperança,
que conjugue os verbos da ignorância,
no ritmo dramático da dor.

Dispenso todos os subterfúgios tolos –
metáforas e lindos adornos,
tão toscos nesta arte clichê
de versar a emoção.

Quero o que “der na veneta”,
quero o papel e a caneta,
o que vier à cabeça –
qualquer coisa já me serve.

Pois me encontro tão descrente
que questiono o destino
e, por puro desatino,
insisto em apoiar minha fé na parede frágil da razão.

Em vão

Tudo o que consigo são lembranças
e todo o resto se esvai;
flerto com a desesperança
enquanto o ceticismo me distrai.

By Thalita Arouche

2 comentários:

  1. Olá, sou Thalita Arouche. Gostaria de informar, a quem interessar, que criei um blog para reunir meus escritos, o http://catarseemprosaeverso.blogspot.com.br/.

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