sexta-feira, 29 de maio de 2009

Esperar o inevitável

Como se dilacerado meu coração já não bate,
Meu corpo reage como o esperado,
Ele esta inerte,
Esperando a morte chegar.
Tudo foi deixado pra trás,
Os sonhos já não me atraem,
A realidade é fria e cruel,
Minha vida inteira aos meus olhos,
E não há nada que me faça voltar
Nenhuma lembrança que me faça feliz de novo,
Nada que me faça querer a vida de volta,
Minha única vontade é que tudo isso acabe,
Rápido, sem delongas,
Sem mais qualquer sofrimento,
Não quero mais as lembranças assustadoras do meu passado,
Não quero sentir medo,
Aquele sentimento de alegria eterna que tanto me iludiu,
Eu não quero,
Não quero me iludir,
Eu quero apenas o real,
O inevitável a todos,
Aquilo que agora vejo tão perto,
Aquilo que agora escurece meu olhar,
E me faz não sentir mais nada

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Reflexos

Tudo ao vento,
Não poderei voltar a trás,
Está tudo gravado.
Em minha mente o eco das palavras é constante,
Não me canso de dizer tudo outra vez,
Sei que ainda não fui entendida,
Que minhas palavras ainda não tomaram forma,
Que ainda não sou bem mais que palavras.
Mas minha mão, não cessa,
Tenho a cede de me mostrar,
De me expressar,
De lhe mostrar,
Fazer-lhe se sentir, ali,
Em cada vírgula posta,
De penetrar em sua mente, e procurar seus medos,
Seus receios,
Desejos,
Momentos,
Melhores, e piores sentimentos,
De fazer-lhe refletir.
Quero fazer-lhe estar em frente a um espelho,
De palavras

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pensamentos de biblioteca

Não, não quero mais uma poesia romântica,
que rime felicidade com esperança,
que conjugue os verbos da ignorância,
no ritmo dramático da dor.

Dispenso todos os subterfúgios tolos –
metáforas e lindos adornos,
tão toscos nesta arte clichê
de versar a emoção.

Quero o que “der na veneta”,
quero o papel e a caneta,
o que vier à cabeça –
qualquer coisa já me serve.

Pois me encontro tão descrente
que questiono o destino
e, por puro desatino,
insisto em apoiar minha fé na parede frágil da razão.

Em vão

Tudo o que consigo são lembranças
e todo o resto se esvai;
flerto com a desesperança
enquanto o ceticismo me distrai.

By Thalita Arouche

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Oração

E que essa chuva que molha meu rosto não se acabe,
E que toda minha agonia se dissipe,
Que minhas lágrimas,
Agora, misturadas com a chuva,
Vá embora,
Que a angústia que cobre meu peito,
Enevoa minha mente,
E distorce minha visão, 
Nunca mais volte.
Que eu receba tudo o que ela trás de lá,
Daquele lugar aonde só meus sonhos alcançam,
Do lugar de onde vem minha esperança,
Do lugar pra onde voa meu pensamento,
Que a chuva que agora me cobre,
Acolhe, 
Me envolve,
Me faça estar novamente em paz.

Cinzas

A única coisa que consigo sentir agora é o ódio em minhas mãos...
Minha vontade incontrolável de gritar.
Sumir...
Tão grande quanto o amor.
Só que ainda mais destrutivo,
Ele me deixa mais forte,
Mais capaz, 
Capaz de fugir da responsabilidade...
De conseguir,
De não ter medo, 
De me fazer ver a verdade,
Ou de me esconder dela,
Sei que tal força é passageira,
E que no final,
Ele haverá destruído tudo o que existe em mim.
Mas agora,
A única coisa que posso fazer
É ceder a todos os meus desejos mais insanos, profanos,
É sentir.
Senti-lo me possuindo, destruindo...
Fazendo-me voltar às cinzas,
Fazendo-me fazer, encarar, sentir, 
Viver tudo outra vez.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A SAD SONG OF LOVE

Tristes passos na chuva,
Numa noite de outono sem amor.
O céu se esconde da minha solidão
Enquanto eu espero outra chance.
Uma vida que se pareça comigo,
Uma vida que se pareça com nós dois.
Tem dias que é melhor dormir e esquecer,
Talvez seja só um sonho.
Quando toda essa dor não existir mais,
Eu deveria ter tentando outra vez.
Eu deveria ter sido o primeiro,
Por que parecia estar tudo bem.
Antes que essa chuva,
Junto com os nossos desejos,
Levassem embora todas as nossas.
ilusões-
Acho que você não pode mais me ouvir.
Mais eu ainda continuo aqui,
Cantando essa triste canção de amor.
Caminhando pela chuva
Chovendo,
Chovendo.

Paulo Claudino

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Aparte

eu expliquei pra voce o que eu achava sobre a distancia entre as pessoas

voce disse apenas que entendia, não tocamos mais no assunto

continuou ali inexpressivo com seu olhar distante levemente confuso
onde voce estava em lugar nenhum
depois de tudo...
ousadia sua achar que eu te destruo

ja que foi eu quem detalhou meticulosamente o momento em que voce me beijou

com um jeito atencioso,sua mão segurava o meu pescoço, sentia seus labios

nada de especial,foi antencioso,nada de especial
vai amar a todas? e todas serão as ultimas ? unicas?

vou embora

deixa eu ir ,me deixa

nao me deixa

o seu gosto não sai de mim

você nunca vai saber, mas eu sei

foi eu quem começou essa guerra

sou eu quem pede, que te induz a me destruir

me destroi
pq quando vc chora eu estou la e faço questão

te abraço com ternura

te acalmo como uma criança e espero...vc quer me seduzir chorando?
as vezes vc é tao previsivel, mas eu gosto

gosto de lágrimas,sentir seus labios suas lágrimas
esse seu gosto me destroi
me destroi mais uma vez